
O colesterol sanguíneo é um dos principais factores de risco que se associam às doenças cardiovasculares, sendo este directamente relacionado com a alimentação e a nutrição na infância.
Este estudo, publicado na revista científica “European Journal of Clinical Nutrition” no final de 2008, teve como objectivo verificar a associação da qualidade e quantidade de gordura ingerida por crianças dos 6 aos 12 meses e o perfil lipídico aos 12 meses de idade.
O grupo de investigadores recrutou cerca de 300 crianças com 6 meses e monitorizou a sua alimentação e crescimento até aos 12 meses de idade. Analisaram o perfil lipídico aos no inicio do estudo e no final.
Durante este período a alimentação das crianças consistia em leite materno, papa de aveia juntamente com um ou dois tipos de cereais infantis ou fórmula infantil baseada em leite de vaca.
Verificaram que o consumo de gordura destas crianças se encontrava de acordo com os valores de referência nórdicos, no entanto, a ingestão de gordura polinsaturada (PUFA) foi baixa (5,6%) e a de gordura saturada alta (15,1%).
A alta ingestão de gordura PUFA encontrou-se associada a uma diminuição do colesterol total, colesterol LDL e apolipoproteina B nas meninas. Verificou-se ainda que este tipo de gordura tem um impacto superior no perfil lipídico das crianças do que a quantidade.
Öhlund, autor do estudo, sugere que “para diminuir as concentrações de colesterol sanguíneo na primeira infância é mais adequado evidenciar na qualidade da gordura ingerida do que na quantidade.”
Fonte: Öhlund et al. (2008), “Dietary fat in infancy should be more focused on quality than on quantity” European Journal of Clinical Nutrition 62:1058–1064-APN
Fonte: Öhlund et al. (2008), “Dietary fat in infancy should be more focused on quality than on quantity” European Journal of Clinical Nutrition 62:1058–1064-APN