12.1.09

ARROZ- Energia sem gordura

Três mil milhões de pessoas baseiam a sua alimentação neste alimento. É um produto acessível, energético e pode ser combinado com inúmeros ingredientes. Mas será que é mesmo tão saudável e completo?

O que contém?


Os seus nutrientes de maior destaque são os hidratos de carbono, uma boa fonte de energia. É pobre em gordura e, no que diz respeito às proteínas, as que contém são de baixo valor biológico porque carece de lisina (aminoácido que se encontra na base de várias proteínas).


A maior parte dos seus minerais (cálcio, ferro e magnésio) e a sua fibra concentram-se no gérmen e no farelo, pelo que se recomenda o arroz integral, mais completo do que o refinado. Quanto a vitaminas, o arroz contém vitamina B1, B2 e B3.


Que variedades existem?


Podemos encontrar até 8.000 tipos diferentes, mas todos eles se enquadram em dois grupos básicos, de acordo com a dimensão dos bagos: grão curto e grão longo. As variedades mais consumidas em Portugal são o carolino (de grão curto e arredondado) e o agulha (de grão longo e fino), mas os arrozes exóticos têm cada vez mais adeptos, como é o caso do basmati, de origem indiana (de grão longo, fino e aromático) ou das variedades especiais para risotto (arborio, carnolli e vialone).


É importante conhecer as diferentes variedades, já que o sucesso de uma receita depende da escolha adequada. Por exemplo, o arroz de grão longo coze mais depressa e fica mais solto, sendo o mais indicado para guarnições e saladas.


Já o arroz de grão curto, por ser mais rico em amido, tem tendência para colar durante a cozedura, o que lhe dá a consistência ideal para pratos da cozinha tradicional portuguesa, como arroz de marisco, de grelos..., ou sobremesas (arroz doce).


Quanto devemos ingerir?


O ideal seria ingeri-lo duas ou três vezes por semana, e, de preferência, não acrescentar mais do que uma colher de azeite por comensal, se não se quiser aumentar o seu conteúdo calórico.


Convém não esquecer que pode ser acompanhado de outros ingredientes, como carnes, peixes e molhos que completam o valor proteico do arroz, mas que também podem subir consideravelmente o conteúdo calórico da receita em questão.


É benéfico em que situações?


É um bom aliado de dietas adstringentes e antidiarreia. É adequado para dietas moles e de fácil mastigação, bem como para proteger o estômago, quer sozinho quer adicionado a sopas. O seu consumo deve, no entanto, ser moderado, e conjugado com alimentos como cenoura, frango e peixe, fiambre, banana e maçã... Nestes casos, é importante ainda não esquecer uma boa hidratação e evitar alimentos ricos em fibra, enchidos, gorduras ou café.


Quando não é benéfico ingeri-lo?


Uma ingestão normal de arroz dentro de uma alimentação equilibrada não apresenta qualquer tipo de problema. Mas consumido em excesso pode prejudicar pessoas com prisão de ventre, sobretudo se o arroz não for integral.


Os diabéticos também devem ingeri-lo com precaução, pelo seu elevado conteúdo de hidratos de carbono e por se tratar de um cereal com um índice glicémico elevado. Esta última característica é, no entanto, muito positiva para pessoas com esgotamento ou anemia.

FONTE:Sapo Saúde