16.10.08

A PROPÓSITO DO DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO


CARÍSSIMOS AMIGOS


Estamos a comemorar mais um dia mundial da alimentação e impôe-se que façamos uma reflexão sobre o papel da escola na alimentação fornecida aos nossos jovens.


Então vejamos:


A alimentação, particularmente na infância e adolescência, tem uma influência determinante no desenvolvimento emocional, intelectual e social.


A responsabilidade nesta educação alimentar passa não só pelos pais e familiares mas também pela escola, que deve funcionar como um todo, coincidindo o que é ensinado na sala de aula e a sua aplicação no bar e cantina.


As escolas são então um forte meio de comunicação para as crianças, desde uma idade muito precoce. Sabendo que é na escola que elas passam grande parte dos seus dias, é também na escola que as crianças fazem parte do seu dia alimentar.


Como tal, a escola deve ser uma promotora de escolhas alimentares saudáveis, não só no almoço como também nos lanches da manhã e da tarde.Qualquer serviço de alimentação escolar e em qualquer outra refeição fora da escola deve-se assegurar as necessidades nutricionais e energéticas, como também promover comportamentos alimentares saudáveis.


Num ambiente escolar, devem ser pensados alguns aspectos que influenciam a procura pelos jovens, nomeadamente o espaço deve ter uma decoração alegre e atractiva, higiene e boa apresentação dos alimentos e acessibilidade, permitindo que os alimentos mais saudáveis sejam mais procurados. O envolvimento dos alunos na elaboração das ementas também é importante.


Numa Cantina, podem ser adoptados alguns comportamentos fundamentais para uma oferta alimentar mais saudável formando e informando cozinheiros e outros manipuladores.


São exemplo:


Confeccionar sopas compostas por vários produtos hortícolas, temperá-las no final com um pouco de azeite e reduzir ou substituir a quantidade de sal utilizada habitualmente por ervas aromáticas;


Aproveitar a água de cozedura de produtos hortícolas, rica em nutrientes, para confeccionar sopas ou outros cozinhados, como alternativa aos caldos concentrados;


Dar preferência a uma variedade de peixes, disponibilizando mariscos e moluscos apenas ocasionalmente e reduzindo parte do sal ou substitui-lo por uma mistura de ervas aromáticas, especiarias, produtos hortícolas e limão;


Variar o tipo de carnes e priveligiar as de aves, retirando sempre as gorduras em excesso;


Disponibilizar ovos cozidos ou escalfados e utilizá-los como alternativa da carne ou do peixe e não combinados com eles;


Consumir preferencialmente pão de mistura ou de centeio;


Evitar confecção de molhos, que apenas são ricos em gordura e sal (à base de natas e gemas de ovos), confeccionando os pratos com gorduras de origem vegetal (azeite);


Evitar o uso de enchidos e todos os produtos de salsicharia.


Nos bares escolares e/ou Máquinas de Venda cada criança faz a sua escolha, baseada na oferta.É aqui que ela deve ser ensinada a escolher e não proibida de consumir. Então, interessa disponibilizar uma variedade de alimentos, suficiente para ir ao encontro das expectativas da criança.


São exemplos:


Leite e iogurtes meio-gordos, simples ou aromatizados, sempre que possível sem adição de açúcar;


Sumos de fruta naturais sem adição de açúcar e/ou comerciais "100%" sumo;


Variedade de pão, pouco refinado e com pouco sal, simples ou com adição de queijo/fiambre, manteiga, compotas com pouco açucar;


Cereais em flocos e/ou barras, ricos em fibras alimentares e com pouco sal e açucar;


Apenas bolos sem cremes, com pouca gordura e açúcar. Pode ser uma alternativa bolos com adição de fruta fresca;


Evitar alimentos fritos e folhados como as batatas fritas ou os salgados. Gelados compostos maioritariamente por natas, aromas e corantes. Rebuçados, caramelos e outras guloseimas e refrigerantes.


Desafios da Alimentação Escolar


Contudo a Escola para conseguir oferecer alternativas alimentares saudáveis e de qualidade tem pela frente um conjunto alargado de desafios. A experiência diz que não é suficiente ter as melhores ementas ou as alternativas mais saudáveis para que as crianças e adolescentes os escolham e consumam.


Para haver uma efectiva mudança de atitudes e percepções há que ter em atenção que é preciso:


Envolver alunos, pais, professores e auxiliares na definição da política alimentar da escola.